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Mudança no Registro: Adição do Sobrenome do Padrinho é Aceita pelo STJ

Mudança no Registro: Ministro de toga preta e gravata azul sentado, com expressão séria, olhando para frente, mãos entrelaçadas na frente do corpo em uma sala de audiência.
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Um pedido de Mudança no Registro de nascimento, fez com que, num movimento que redefine as fronteiras entre a identidade legal e os laços pessoais, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) abrisse um novo capítulo nas histórias de nomeação do Brasil. Em decisão inovadora, o colegiado acatou a possibilidade de um homem incluir o sobrenome de seu padrinho ao seu próprio prenome, tecendo mais um fio na trama de sua identidade.

Mudança no Registro: A Trama se Desenrola

Imagine, por um momento, que seu nome é mais que um rótulo; é uma narrativa, uma coleção de histórias e conexões. A decisão do STJ reflete essa realidade ao permitir que um indivíduo adicione o sobrenome de uma figura significativa – no caso, seu padrinho – ao seu prenome, formando um prenome composto. Este caso não apenas atravessa as barreiras do convencional, mas também celebra a singularidade das relações humanas.

O Cenário Legal se Transforma

Com a Lei 14.382/2022 alterando o cenário, o artigo 56 da Lei de Registros Públicos já não restringe o indivíduo a um prazo para reescrever seu próprio nome após atingir a maioridade civil. Esta mudança legislativa serve de palco para a decisão do STJ, demonstrando uma evolução na percepção da identidade pessoal e legal. O ministro Marco Aurélio Bellizze, em um ato de protagonismo, destaca o nome como um direito inalienável, uma expressão da personalidade que transcende as formalidades civis.

O Desfecho da Questão

A argumentação do STJ tece um tecido de lógica e empatia, argumentando que, se é permitido alterar completamente um prenome, por que não seria possível adicionar uma partícula que enriqueça a narrativa individual? O tribunal, nesse caso, não apenas julgou a legalidade; ele reconheceu a profundidade das relações pessoais e a importância de refleti-las nos documentos mais fundamentais de nossa existência.

Reflexões

Esta decisão do STJ nos convida a refletir sobre a natureza fluida da identidade e o papel que os nomes desempenham em nossas vidas. Mais do que palavras em um papel, nossos nomes são ecos de nossas histórias, pontes para nossas relações, e agora, mais do que nunca, reflexos de nossa autonomia. Numa sociedade cada vez mais consciente da importância da identidade pessoal, essa decisão emerge não apenas como um marco legal, mas como um espelho da evolução dos tempos.

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